"Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia" ( William Shakespeare).
Para complementar meu pensamento, ou para fazer comparações, vou falar de algo realmente básico hoje, o conto "A Cartomante", de Machado de Assis. Foi publicado primeiramente na Gazeta de Notícias (Rio de Janeiro, 1884), sendo incluído na obra Várias Histórias e em Contos: Uma Antologia. A história é narrada em terceira pessoa.
O conto é sobre a história de um triângulo amoroso entre Rita, Vilela e Camilo. Camilo e Vilela são grandes amigos, mas Camilo obtêm um caso com Rita (esposa de Vilela), e o caso ocorre pelo afastamento de Rita de Vilela pelo falecimento da mãe do mesmo. O romance começa com uma diálogo entre Camilo e Rita(sexta-feira de novembro de 1869), que "fala" das constantes visitas à cartomante (que é o quarto personagem), e Camilo nega-se a acreditar nas palavras da vidente.
A vidente é uma personagem que ludibria as personagens principais, desde Rita que crê na ideia de que cartomante pode resolver todos os suas angústias e problemas, até Camilo, que no fim do conto, quando está prestes a ter seu caso desmascardado com Rita, recorre à mesma, que o ilude de forma semelhante a todos os seus clientes. A cartomante usa alegorias, parecendo assim, sábia e "dona do destino", enganando Camilo, que sai depois do encontro, confiante, para a morte.
Logo no início, Machado cita Shakespear - Hamlet -, mostrando desde o princípio o fim trágico do conto, que tentamos reverter acreditando nas palavras da cartomante.Machado visa nessa obra que ceticismo vença a crença, o misticismo e a superstição (isso é o que os leitores querem de desde o começo, afinal é difícil "crer na realidade").
Por Jessica.
P.s: Para quem quiser leu, e jamais sentiu interesse, < http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/cartomante.html >. E para quem já leu e teve a boa vontade de ler outros posts antigos, comparem - foi o que disse antes de começas a escrever tudo isso. Até.
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