“Como tudo é esquisito hoje! E ontem tudo era exatamente como de costume. Será que fui eu que mudei à noite? Deixe-me pensar: eu era a mesma quando levantei hoje de manhã? Estou quase achando que posso me lembrar de me sentir um pouco diferente. Mas se eu não sou a mesma, a próxima pergunta é: quem é que eu sou? Ah, essa é a grande charada”.
(op.cit: 26 , CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. Porto Alegre: L&PM Editores, 2005.)
Quem nunca ouviu falar de Alice no País das Maravilhas? Alice's Adventures in Wonderland, que é abreviado para "Alice in Wonderland" é um clássico da literatura criada pelo professor de matemática, o inglês Charles Lutwidge Dodgson, sob o pseudônimo de Lewis Carroll. Alice foi publicada em 4 de julho de 1865.
Essa é uma obra do gênero literário nonsense - surrealismo (foi a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente). O livro conta a história de Alice, uma menina que cai na toca de um coelho sendo transportada para um lugar fantástico, que vivem criaturas extraordinárias e antropomórficas, revelando a lógica do absurdo, que é característica dos sonhos. O livro está repleto de alusões satíricas dirigidas tanto aos amigos como aos inimigos de Carrol, com várias paródias e poemas populares infantis ingleses ensinados no século XIX e também de referências linguísticas e matemáticas frequentemente através de enigmas que contribuíram para a sua popularidade. É assim uma obra de difícil interpretação pois contém dois livros num só texto: um para crianças e outro para adultos. Este livro é uma continuação da obra do mesmo autor Alice do Outro Lado do Espelho.
Tanto a Alice como a Alegoria da Caverna de Platão, são um conjunto de metáforas, e ambas – como citei logo a cima – possuem várias indiretas mescladas ao decorrer do livro.
Para ter uma noção da caverna de Platão, basta imaginar um muro bem alto separando o mundo externo de uma caverna. No interior da caverna existem seres humanos, que nasceram e cresceram ali. Na caverna existe uma fogueira, sendo esta a única fonte de iluminação permitida para os prisioneiros, que possuem grilhões e sempre ficam de costas para o fogo vendo somente as sombras refletidas na parede, tendo elas como a sua única verdade.
Essa é uma obra do gênero literário nonsense - surrealismo (foi a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente). O livro conta a história de Alice, uma menina que cai na toca de um coelho sendo transportada para um lugar fantástico, que vivem criaturas extraordinárias e antropomórficas, revelando a lógica do absurdo, que é característica dos sonhos. O livro está repleto de alusões satíricas dirigidas tanto aos amigos como aos inimigos de Carrol, com várias paródias e poemas populares infantis ingleses ensinados no século XIX e também de referências linguísticas e matemáticas frequentemente através de enigmas que contribuíram para a sua popularidade. É assim uma obra de difícil interpretação pois contém dois livros num só texto: um para crianças e outro para adultos. Este livro é uma continuação da obra do mesmo autor Alice do Outro Lado do Espelho.
Tanto a Alice como a Alegoria da Caverna de Platão, são um conjunto de metáforas, e ambas – como citei logo a cima – possuem várias indiretas mescladas ao decorrer do livro.
Para ter uma noção da caverna de Platão, basta imaginar um muro bem alto separando o mundo externo de uma caverna. No interior da caverna existem seres humanos, que nasceram e cresceram ali. Na caverna existe uma fogueira, sendo esta a única fonte de iluminação permitida para os prisioneiros, que possuem grilhões e sempre ficam de costas para o fogo vendo somente as sombras refletidas na parede, tendo elas como a sua única verdade.
A Alegoria da Caverna é um conjunto de metáforas que demonstram a importância do conhecimento, e o penoso caminho para adquiri-lo. O mito cita também, nas entrelinhas, a ignorância e as formas de superação da mesma, fazendo o prisioneiro da caverna encarar a realidade de forma verdadeira, não apenas através da visão de “sombras projetadas na parede”.
Tanto Carrol como Platão citam a caverna como o começo de tudo, e ambos os protagonistas tem como objetivo principal tentar sair do mundo das ilusões em que ambos viviam. Sócrates – narrador do mito – é morto por “saber demais”, já que ele atuou como um iconoclasta (é bom ter em vista, que a alegoria quando foi escrita, tinha como alvo a política, a pólis grega, só que o mito acabou se aplicando a quase tudo que significasse uma repressão). Alice, quando entra na caverna, passa por uma série de seres inanimados, que obtém na maioria das vezes a própria opinião como a base de tudo – cito a Rainha de Copas, que se enquadra muito bem nesse papel.
O conhecimento é árduo e dolorido, por isso, o prisioneiro ao ser puxado á força da caverna de Platão sente dor nos olhos (órgão do entendimento) logo ao ver a fogueira (que simboliza a verdade). Quando o prisioneiro continua seu caminho e após sair da vez da caverna encaram o bem, que é representado pelo sol. Pouco a pouco ele vê o mundo que via anteriormente só por sombras passando da ignorância para “doxa”, e depois finalmente ao conhecimento.
Alice, como o prisioneiro, ao decorrer do livro sente várias dificuldades, e chora com medo de não conseguir sair da caverna, mas acaba obtendo êxito no final do romance.
O conhecimento é árduo e dolorido, por isso, o prisioneiro ao ser puxado á força da caverna de Platão sente dor nos olhos (órgão do entendimento) logo ao ver a fogueira (que simboliza a verdade). Quando o prisioneiro continua seu caminho e após sair da vez da caverna encaram o bem, que é representado pelo sol. Pouco a pouco ele vê o mundo que via anteriormente só por sombras passando da ignorância para “doxa”, e depois finalmente ao conhecimento.
Alice, como o prisioneiro, ao decorrer do livro sente várias dificuldades, e chora com medo de não conseguir sair da caverna, mas acaba obtendo êxito no final do romance.
Cai entre nós, se eu fosse colocar todas as semelhanças entre as duas obras, era capaz do texto ficar mais massante do que já se encontra (sinto que está realmente chato, resumindo). Vamos agora para uma dica muito, extremamente boa para quem não gosta de ler ( se você já leu isso daqui, merece um Nobel para paciência meu caro despreocupado leitor!). Saiu esse mês uma nova versão do filme de Alice no País das Maravilhas, com direção de um dos maiores mestres do cinema, meu amado Tim Burton. { http://www.youtube.com/watch?v=DeWsZ2b_pK4}.
Até mais (isso cansa, mas é tão bom).
Por Jessica.
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